Os chefes do executivo Federal e das esferas Estaduais participaram de um evento sobre verbas públicas e financiamento para obras nos estados. Em uma quebra de protocolo, Lula convocou o governador de São Paulo para discursar sobre o Programa de Aceleração do Crescimento. Com tom elogioso, Tarcísio de Freitas proferiu a satisfação de ver as obras previstas no programa viabilizadas. O cerimonial da reunião não previa discurso de outras autoridades além do Presidente da República. Apesar da cortesia, o mandatário do Palácio do Planalto e o Governador do estado mais populoso do país estarão em lados opostos nas eleições municipais do ano que vem.
A nova edição do PAC prevê investimentos para obras em grande parte do território nacional, e com isso espera que haja aquecimento da indústria e geração de empregos diretos e indiretos. Com a primeira edição do Plano, que iniciou-se em 2007 e foi finalizada no ano de 2010, foram executadas obras de infraestrutura de transporte, investimento no setor elétrico, de petróleo e gás e habitação. A estratégia era que os projetos do governo causasse o aquecimento da economia, gerando empregos e fazendo indicadores de crescimento apresentarem tendências de alta. O investimento total foi da casa dos 2,9 bilhões
O governador de São Paulo e ex-ministro de Jair Bolsonaro, tem uma trajetória na oposição ao Partido dos Trabalhadores. Porém, após a vitória sobre Fernando Haddad, Tarcísio de Freitas se aproximou do ministro e de Lula, na ocasião da aprovação do novo arcabouço fiscal. O mandatário do Palácio dos Bandeirantes, que é de um partido da oposição, o Republicanos, deve estar no lado oposto a Lula nas eleições municipais do ano que vem. Ao que tudo indica, Tarcísio deve apoiar a candidatura de Ricardo Nunes (MDB) a reeleição na capital, enquanto o Chefe do Executivo nacional deve ficar ao lado de Guilherme Boulos (PSOL). A opção por Nunes, apesar de já o ter apoiado com mais afinco, vem com a análise de que não haverá outro candidato forte no espectro da direita. Ricardo Salles (PL) e Kim Kataguiri (União) dificilmente terão apoio de seus partidos.
