PCC monitorou residências de Lira e Pacheco por três meses

Fotos das casas foram encontradas em celulares apreendidos pela polícia

As residências oficiais dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), foram monitoradas pela facção criminosa PCC durante pelo menos três meses. A informação é de um relatório de inteligência do Ministério Público de São Paulo (MPSP).

De acordo com o documento, o grupo montou uma operação, batizada de “Missão Brasília”, para levantar endereços, horários e até mesmo a quantidade de seguranças dos políticos. As fotos das casas foram encontradas em celulares apreendidos pela Polícia Federal durante uma operação realizada em novembro.

O relatório do MPSP aponta que a facção gastou cerca de R$ 2,5 mil por mês com o aluguel de uma casa na capital federal. O local serviu de base para os criminosos. O bando também teria gastado R$ 4 mil com transportes por aplicativo para “correr atrás de terreno para compra”, além de R$ 44 mil em gastos como compra de aparelhos celulares, seguro, IPTU, alimentação, mobília e compra de eletroeletrônicos.

No fim de novembro, o governo federal reforçou a segurança dos policiais penais e dos presídios federais após encontrar ameaças da facção em relação a ataques e mortes contra agentes. Um documento em nome do secretário nacional de Políticas Penais, Rafael Velasco, foi enviado para agentes que trabalham nos cinco presídios federais do Brasil, com atenção especial para as penitenciárias de Brasília e de Campo Grande (MS).

O ofício informou sobre as ameaças de facções criminosas contra agentes e planos de resgate de lideranças criminosas, como Marcola. O documento falava para que todos “redobrem a atenção” e “não baixem a guarda”. O presídio de Brasília também teve reforço de 50 policiais.

Nesta quinta-feira (14), a Polícia Federal, junto com o MPSP, fez uma operação com três mandados de prisão e 16 de busca e apreensão contra a célula “Sintonia Restrita”, do PCC, que é responsável pela “missão Brasília”.

A reportagem da CNN Brasil procurou Rodrigo Pacheco e Arthur Lira para comentar a situação, mas as assessorias de ambos disseram que eles não vão se manifestar.

Compartilhe

Confira

Últimas notícias

Deixe seu contato aqui

Pronto para impulsionar sua pré-candidatura com sucesso? Entre em contato com a AG Politico e descubra como nossos serviços especializados podem transformar sua campanha política. Vamos conquistar juntos o futuro que você deseja!